No sketchbook #3

11/01/16


De volta com o post sobre meus experimentos no sketchbook! Acho que o último foi em setembro, porque tivemos Inktober, desafio que me fez usar os caderninhos todos os dias, e depois disso dei uma parada, para entregar os últimos trabalhos de 2015.

Como contei nas minhas inspirações de janeiro, tenho experimentado muitas esferográficas e aquarelas, fortemente influenciada pelo trabalho da Niki Buckno (sigam o canal dela). Aproveitei o recesso do final de ano para me concentrar nesses estudos, que não tinham uma finalidade declarada, eram apenas exercícios que, ao meu ver, deram certo.


Já disse anteriormente que uma das minhas maiores dificuldades é deixar os exercícios dos sketchbooks com cara de inacabados, não me preocupar em fazer as coisas tão certinhas. Apesar de ser uma entusiasta de esboços altamente rabiscados, hachurados e cheios de "linhas cabeludas", o sketchbook ainda era um espaço permeado pela ideia de que deveria ser bonito e agradável visualmente, nada de ser desleixada. Ainda bem que consegui reverter essa situação!

Acredito que muito dessa ideia de ter que ser bonito vem do uso das redes sociais (calma, não estou dizendo que é certo ou errado) e do espelhamento no trabalho dos demais. É um exercício de constante desconstrução entender que o meu desenho é uma coisa, o dos outros artistas, é outra. Nenhum deles é melhor ou pior.


Com as canetas esferográficas rosa e azul bebê (linha Bic cristal, como dá pra ver na foto anterior), fiz o traçado inicial, e joguei aquarela por cima. Eu nunca, nunca gosto de deixar o rascunho aparecendo, tenho todas as espessuras de borracha possíveis para apagar as marcas do lápis. Como disse, vem dessa minha falta de capacidade em perceber, no meu próprio trabalho, que o "esqueleto" pode estar à vista, e pode ser belo e complementar a figura. Esse tom de rosa mescla muito bem com a tinta.


Finalizei com multiliner e Posca branca, e me surpreendi com o resultado. Os seguidores do Insta e do Face também, e logo comecei a receber mensagens se o desenho estaria na lojinha hahaha. Por isso, decidi tratar a imagem e disponibilizar lá no Colab55


Continuando com os experimentos, me arrisquei até nos animais, apesar do cavalo ficar com cara de pônei maldito. Todo amor do mundo pelo sketchbook da Miolito, que já está quase acabando e deixando um vazio profundo no meu peito. 

Este aqui também está lá no meu studio no Colab55, e tem a mão patinha do Bruce Wayne, o gatinho mais totoso do meu coração, que ficou passeando por cima de mim enquanto eu desenhava. Aquarela e gatos = muito amor envolvido!


Um pouco do processo do cavalinho mágico e da mocinha abaixo. Predileção natural por cabelos coloridos. E rostos, sempre.



Fan art da Princesa Mononoke e personagem livremente inspirada na Leeloo de O Quinto Elemento. Eu já estava com o post finalizado quando fiz esses dois, mas decidi incluí-los de última hora.


E também inclui essa homenagem ao David Bowie. :'(

Foram ótimos exercícios para soltar a mão e testar coisas novas, quero continuar fazendo isso e treinar mais gestual e anatomia, lançando mão desses materiais. Falando neles, já preparei outro post sobre como tem sido pra mim, uma usuária de técnica mista, trabalhar com um número reduzido de itens.

Comentários

  1. Todas ilustras são lindas, parabéns pelo talento!

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  2. a tua evolução tá cada vez mais visível, Lidy! <3 estão todos muito lindos! *_*

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    1. Obrigada, Bia! Espero continuar com o bom hábito de usar o sketchbook :D :D :D
      Bjs :*

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  3. Parabéns Lidiane, elas são tão alinhadas, algumas me inspiraram :)

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  4. Lidiane, todas as pinturas ficaram muito bonitas, em especial a da Bowie e a de cabelo azul claro.

    Mas o que mais gostei foi quando disse: "É um exercício de constante desconstrução entender que o meu desenho é uma coisa, o dos outros artistas, é outra. Nenhum deles é melhor ou pior."

    Parece que você leu minha mente para escrever essa frase, ultimamente então, isso tem acontecido constantemente. Talvez, justamente por causa das redes sociais, é tanto artista extraordinário por aí que às vezes penso: o que estou fazendo da minha vida? kkkkkk

    O jeito é continuar caminhando, não importando a quantidade de pedras que removemos ou os espinhos dos quais desviamos.

    Eu quase comprei essas aquarelas da Koh-I-Noor, parecem ótimas. Na época, só desisti por que não encontrei nas lojas perto de casa.

    E por fim, parabéns pelos estudos.

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    1. Oi Mateus!

      Eu tenho tentado praticar isso de não ficar comparando o meu trabalho com o dos outros desde o ano passado. Nem sempre funciona, e realmente é por causa das redes sociais. Às vezes só vou dar uma olhada pra me inspirar e me sinto um cocô :D

      Mas tem funcionado desconectar enquanto estou trabalhando. Aí o estudo rende.

      Essas aquarelas são muito boas, de verdade. Quero comprar os outros discos até completar as 36, vi o vídeo de uma artista gringa e tem até paletas especiais com tons pastéis, metálicos (!!!!), mas nunca vi por aqui. E são baratas, valem o investimento.

      Abração!

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  5. Oi, Lidy! Que legal que vc está conseguindo usar o caderno com mais liberdade! Perfeccionismo é perigoso, pode nos fazer travar. Realmente dá pra ver que você está num momento de evolução! Parabéns! Gostei em especial da menina de cabelo azul e a menina meio de costas foi minha favorita dessa leva! Já viu uma ilustradora gringa do youtube sugerindo fazer os desenhos sempre de caneta no sketchbook. Diz ela que isso gera compromisso com o desenho (e no teu caso aí adicionou elementos interessantes a sua arte). Beijos! Que venha mais coisa boa nesses e nos próximos cadernos!

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    1. Oi Lili, obrigada! Tem sido um momento muito especial de estudos, e participar de grupos, conversar mais com as pessoas, tem me ajudado tanto, tanto!
      E vou adotar a caneta esferográfica pra vida, porque é um exercício excelente. Recomendo, ainda mais usando cores distintas para as linhas principais e finais.
      Beijão :**

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