Thomasin 🎃 Em clima de Halloween

23/09/16


Outubro mexe comigo, já falei diversas vezes e, talvez, seja a proximidade dele que, ao invés de me jogar para o inferno astral, esteja me ajudando a setorizar mais a vida. Por exemplo: consigo ver com mais clareza meus estudos, voltei a escrever, a produzir e, principalmente, a me motivar. Entendo que, para chegar no "lá", é preciso um "aqui", e ele só vai se construir se eu parar de reclamar e fazer  alguma coisa concreta (créditos para o Antonio).

Tenho estudado fundamentos, lido e aplicado esse conhecimento aos materiais que eu utilizava com mais frequência antes do curso da Sabrina, que está com vagas abertas para o último módulo. Interessados podem mandar um e-mail para samesjc@gmail.com. Um dos meus materiais preferidos sempre foi o lápis de cor mas, como toda boa megalomaníaca, eu comprava estojos de 49875483975 cores e queria usar todas de uma vez. O resultado era um carnaval, no pior sentido. Hoje tenho consciência disso. Plena.

Entender os valores, reduzir o número de materiais, a paleta de cores e trabalhar em camadas foi o desafio que me propus para essa ilustra. Eu tinha, no mínimo, 70 lápis à minha disposição, mas trabalhei com uns 8, no total. E três canetas. Foi fácil? FOI! Por quê? POR CAUSA DOS FUNDAMENTOS!  Quando você entende o que está fazendo, fica tudo muito mais claro. E é tão incrível esse processo de descoberta. Não que eu não entendesse o que fazia antes, mas eu não conseguia destravar, não ia pra frente, nem pro lado, mas muitas vezes para trás. Mentoria é tudo na vida, e já desenvolvi uma nova datação: Antes de Sabrina e Depois de Sabrina (AS/DS). 



Como de costume, usei uma foto para referência, só que desta vez procurei prestar muito mais atenção nas áreas de luz e sombra, ser fiel a isso (não quer dizer ser idêntico). Comecei toda a marcação com o lápis lilás e, quando joguei o ocre por cima, a cor saltou. Depois trabalhei com um bege rosado e marrom caramelo, e fui construindo camadas de cor, da mesma maneira que se constrói as camadas de transparência na aquarela.

Conforme eu colocava os detalhes dos olhos e definia as áreas mais claras, fazia a correção onde precisava. A pressão que coloquei no lápis foi mínima, justamente para poder construir esse rosto com volume. Se eu tivesse pesado a mão logo no início, dificilmente conseguiria alterar ou inserir mais um pouco de cor. Essa leveza na primeira camada ficou bem evidente com o cabelo. Geralmente, eu começo pela marcação do fio, mais escuro, e abro luz com o traço. Para essa ilustra, fiz uma base amarela que, conforme era adicionado marrom, ficou luminosa de maneira mais natural.


O truque que uso para saber se os valores estão corretos é tirar uma foto em preto e branco. Se falta valor, vai ficar tudo no mesmo tom. Se o contraste aparecer, é porque estou no caminho certo. Mais uma vez, repito: se você aprende os fundamentos, é capaz de trabalhar com qualquer material. Tudo o que coloquei em prática usando lápis de cor, aprendi com aquarela, algo totalmente diferente. 

Assim que eu finalizei a figura nua, achei que mesmo com todos os valores corretos, estava faltando algo pra dar mais contraste àquela pele tão perfeitinha. Foi aí que coloquei algumas sardas e fios de cabelo soltos, e tudo já ficou com outra cara. Mesmo assim, ainda faltava algo. Foi daí que tive a ideia arriscada de contrastar pesado, no caso, com a blusa e coleirinha pretas. De repente, a mocinha com cara de inocente ficou gótica, deusa, louca e feiticeira. Gosto assim! 
Materiais utilizados
- Papel Canson Layout 180g;
- Lápis de cor Polycolor;
- Marcadores Copic.


Resolvi batizá-la de Thomasin por causa do filme A Bruxa (amo!) e colocá-la no header do blog e na loja, porque fiquei bem contente, apesar dos mixed feelings recorrentes em relação a tudo o que faço. Já estou no clima de Halloween, me segura que vai ter Inktober trevoso também. E para acompanhar meus trabalhos, é só acessar: