Essas acima são as apostilas do curso de Pintura. Um dos primeiros conteúdos abordados é a teoria das cores e o círculo cromático, e isso mostra o quanto o curso era correto, apesar de parecer duro aos olhos de hoje: ele começava do zero e do que é fundamental.
Alguns exercícios de natureza-morta (still life) em aquarela e de contraste tonal. Sempre havia uma demonstração do conteúdo abordado através de um exercício, que precisávamos replicar. Nesse exercício, além do conteúdo, era também apresentada uma técnica, como aquarela, pastel, óleo, acrílica. Tudo era realmente muito explicado, pois como não havia a figura do professor presente, o estudante tinha que ser capaz de aprender o que estava na apostila sozinho.
Agora, algumas páginas das apostilas de desenho artístico. Dá pra ter uma ideia do que era estudado pelo sumário, novamente com ênfase no básico dos fundamentos, indo gradativamente para a parte mais complexa. E também a parte do desenho da figura humana permeava todas as apostilas, começando da construção da cabeça e seus elementos, para depois as composições mais complexas, envolvendo a figura de corpo inteiro.
Os famosos esquemas para desenhar as partes do rosto, que vemos bastante hoje em dia nas redes sociais... E um estudo detalhado da posição das mãos.
Incidência de sombra e luz e diferentes rotações da cabeça.
Os conteúdos relacionados à anatomia eram bem completos, falando sobre a musculatura e ossatura do corpo humano, bem como mostrando esquemas de proporção das partes.
Por fim, alguns exemplos de composição com tecidos, desenho de animais e, é claro, ilustração botânica. Por mais que seja um material que tem, por alto, uns 30 anos e já esteja defasado em vários pontos (optei por não mostrar os nus, pois o que mais aparece é mulher pelada pra desenhar...), algumas coisas são atemporais, embora hoje em dia se encontre esse conteúdo muito melhor explicado em plataformas como a Domestika, e também no YouTube e outras redes sociais.
Foi muito legal revisitar essas apostilas, pois muito do que sei vem daqui, e também como forma de mostrar para quem está começando agora o quanto era difícil achar conteúdos sobre artes, gratuitos então, nem se fala! Sempre existiram as boas almas que disponibilizavam materiais e traduções preciosas, mas comparado à oferta de conteúdos que temos hoje em dia, foi um salto e tanto.
Por isso, valorize o artista que produz conteúdo, que ensina a desenhar e pintar, e disponibiliza esse material de graça na internet. Sempre curta, compartilhe e apoie da maneira que for possível, pois é uma luta permanente por reconhecimento e para driblar algoritmos. E se o seu artista favorito lançou um curso ou material pago, e você puder investir, faça isso! Todo mundo sai ganhando. 😉
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