A Deusa Mãe 🌓🌕🌗

28/12/21

 

A leitura que estou fazendo de Mistérios da Lua Negra, da Demetra George, me inspirou a fazer uma representação da Deusa Mãe. É a primeira vez que ilustro a Deusa dessa forma, que é bem utilizada em altares e amuletos. 


Este livro trata da lua negra, aquele período da nossa vida que pode ser sazonal, pontual ou durar um tempinho, no qual precisamos nos recolher para nos curarmos. Seja o período menstrual, o luto por uma perda, o fim de um ciclo de trabalho ou relacionamento, a lua negra é um movimento natural do ciclo da vida. Estou gostando bastante da leitura até o momento.


E para fazer esse trabalho, que foi bem rapidinho, utilizei um dos blocos de papel Arches em formato carnê que tenho. Eu não sei se esses blocos ainda são comercializados, na época que comprei eles vinham acompanhados de um kit de pincéis ótimos, numa caixa linda. Tenho o grana fina, satinado e torchon, que foi o utilizado aqui. Geralmente não curto esse tipo de textura, mas a do Arches é muito delicada, só um pouco mais evidente que o grana fina.



Esse papel é uma manteiga e uma das coisas mais deliciosas para pintar que existem. Se não fosse tão caro, usaria somente o Arches para as minhas aquarelas. Apliquei a técnica do úmido sobre úmido para fazer a nebulosa na Deusa, e também nos cantos do papel. A figura dela foi feita por espelhamento, para ficar igual dos dois lados, e com tampas nas partes redondas. Puristas dirão que isso é roubo, que as formas precisam sair exatas na mão (risos). O resultado:



Materiais utilizados

  • Papel Arches torchon 300g;
  • Aquarelas Van Gogh;
  • Pincéis Keramik;
  • Marcadores Pentel.

Aproveitando a ocasião, já fiz meu Summary of Art de 2021:



Olhando para os trabalhos finalizados ao longo do ano, parece que fiz pouca coisa, mas meus sketchbooks e pastas com rascunhos estão cheias. Esbocei e estudei mais do que finalizei e, de setembro em diante, usei a arte como refúgio. 

Uma coisa que coloquei bastante em prática durante 2021 foi que nem tudo precisa ser mostrado, tem coisas que faço e ficam só pra mim. E isso tem me ajudado muito a manter a constância na produção, toda semana um pouquinho, de pouco em pouco até achar o ponto. É assim que estou trabalhando na construção da minha paleta de cores. Foi o grande aprendizado do ano.

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